Tudo começa com uma grande explosão, da qual surgem duas mãos que vagueiam em busca de um corpo. Sua primeira vitima é um tecido, branco e vivo, que embora relute é aprisionado por elas tornando-se seu corpo que passa agora a buscar um rosto, a partir daí tudo que entra em cena passa a ser objeto de desejo do protagonista que em sua busca sempre se frustra com a incompatibilidade dos órgãos encontrados, o nariz roubado de um boneco de neve não cabe em seu rosto, os olhos são grandes e sempre lhe fogem quando encaixados, um caderno-cachorro é experimentado como boca, mais também não funciona. O aparecimento de uma máscara traz a esperança de um rosto completo, más a alegria da criatura dura pouco quando, no auge da contemplação, a máscara se parte em duas.
Por fim, até o tecido se rebela contra as mãos, que abandonadas brigam entre si e vão sumindo enquanto os personagens reaparecem, se reconfiguram com seus pares e partem. A comédia fica por conta do bonequinho de neve que na ultima cena descobre que pode andar.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Curso Básico de Formação de Bonequeiros
Módulo 2 – Técnicas de Confecção
Início 06 de outubro de 2009
Carga horária: 70 h/a
14 às 17 horas
Instrutores:
Pedro Dias (Espuma)
Altino Francisco (Machê)
Maria Oliveira (Sucata)
Pedro Cardoso (Manipulação Direta)
Antero Assis (Madeira)
Laércio Júnior (Fio)
Informações e inscrições:
Teatro de Bonecos Lobatinho
Rua Canapi, 134 - Vasco da Gama
Telefone: 3268.4002
Curso gratuito!
Módulo 2 – Técnicas de Confecção
Início 06 de outubro de 2009
Carga horária: 70 h/a
14 às 17 horas
Instrutores:
Pedro Dias (Espuma)
Altino Francisco (Machê)
Maria Oliveira (Sucata)
Pedro Cardoso (Manipulação Direta)
Antero Assis (Madeira)
Laércio Júnior (Fio)
Informações e inscrições:
Teatro de Bonecos Lobatinho
Rua Canapi, 134 - Vasco da Gama
Telefone: 3268.4002
Curso gratuito!
sábado, 26 de setembro de 2009
O boneco e a criança
No seu roteiro o Mamulengo está repleto de malandragem, critica social e sensualidade, o que faz seu conteúdo ser próprio do mundo dos adultos, Porém, mesmo sem ser em sua história um tipo de teatro com conteúdo infantil,é impossível não perceber o quanto às crianças se identificam e gostam dessa arte. E foi partindo dessa observação que decidimos investigar essa ligação já tão conhecida e utilizada pelos grupos de teatro hoje.
A primeira hipótese a levantar é. Seria possível que as crianças se identificassem graças aos seus bonecos de brinquedos uma vez que o brinquedo já é um velho companheiro seu? Levando em consideração que ela própria possivelmente já deve ter experimentado o “brincar-encenar” com seu elenco de brinquedo a criança pode passar a ver o boneco, e o teatro feito com ele, como uma grande brincadeira, seria como assistir alguém brincar
Assim sendo a criança que não teve aceso a este tipo de brinquedo não se identificaria com o boneco em cena, o que não ocorre. Não quero com isso dizer que não exista essa ligação, muito pelo contrario, quando ela existe ajuda sim na aproximação com a cena, mais defender uma hipótese que seja comum ao universo lúdico da criança que é a do “não ser” do boneco, uma vez afirmado que o ator “é”(no sentido de homem) o boneco seria uma visão não realista do mundo o que gera uma porta de entrada no imaginário infantil, levando em consideração também que o boneco oferece um numero inimaginável de ações inexecutáveis pelo ser humano como por exemplo entrar no palco com a cabeça no teto os pés nos ombros e as mãos no chão. Segundo Simone André em “Questões acerca do teatro infantil- História e prática”, para Piaget.
“A criança antes de pensar racionalmente, com a lógica dos adultos, busca explicações por meio da criação de mitos. Desta forma, o desenvolvimento cognitivo está relacionado diretamente à capacidade de criar símbolos. Consequentemente o jogo, a imitação, o sonho e a representação se fazem artifícios utilizados. Por isto a narrativa fantástica, o mágico, e o lúdico encontram espaço no mundo infantil, a imaginação e se torna elemento de identificação para as crianças.”
Podemos dizer então que a criança é atraída para o mágico para o irreal e o boneco é parte deste tendo em vista que ele não se dispõe (ou pelo menos não deve) a ser um humano e sim a ser encantador quanto boneco que pode fazer tudo desde que tenha sido construído (ou adaptado) para tal.
Referencias bibliográficas.
BITT, Mário Piragibe,(1999) Relações entre a Animação de Formas e Aspectos Contemporâneos de Encenação no Teatro de Ilo Krugli. Consultado no website http://www.cbtij.org.br/arquivo_aberto/pesquisa.htm#rela. Em 20 de setembro de 2008.
ANDRÉ, Simone. Questões acerca do teatro infantil – História e prática. Consultado na website http://www.cbtij.org.br/arquivo_aberto/pesquisa.htm#infa em 20 de setembro de 2008.
COPFERMAN, Émile "Singuliére ethnie", Théâtre Public, sept. 1980, p.4; citado em: AMARAL, Ana Maria. Teatro de Formas Animadas (Texto & Arte; 2). São Paulo: Edusp, 1993. p.73.
BELTRAME, Valmor. 1° Revista Fenatib – teatro de bonecos também terá festival Consultado na website http://www.cbtij.org.br/arquivo_aberto/pesquisa.htm#infa em 20 de setembro de 2008.
No seu roteiro o Mamulengo está repleto de malandragem, critica social e sensualidade, o que faz seu conteúdo ser próprio do mundo dos adultos, Porém, mesmo sem ser em sua história um tipo de teatro com conteúdo infantil,é impossível não perceber o quanto às crianças se identificam e gostam dessa arte. E foi partindo dessa observação que decidimos investigar essa ligação já tão conhecida e utilizada pelos grupos de teatro hoje.
A primeira hipótese a levantar é. Seria possível que as crianças se identificassem graças aos seus bonecos de brinquedos uma vez que o brinquedo já é um velho companheiro seu? Levando em consideração que ela própria possivelmente já deve ter experimentado o “brincar-encenar” com seu elenco de brinquedo a criança pode passar a ver o boneco, e o teatro feito com ele, como uma grande brincadeira, seria como assistir alguém brincar
Assim sendo a criança que não teve aceso a este tipo de brinquedo não se identificaria com o boneco em cena, o que não ocorre. Não quero com isso dizer que não exista essa ligação, muito pelo contrario, quando ela existe ajuda sim na aproximação com a cena, mais defender uma hipótese que seja comum ao universo lúdico da criança que é a do “não ser” do boneco, uma vez afirmado que o ator “é”(no sentido de homem) o boneco seria uma visão não realista do mundo o que gera uma porta de entrada no imaginário infantil, levando em consideração também que o boneco oferece um numero inimaginável de ações inexecutáveis pelo ser humano como por exemplo entrar no palco com a cabeça no teto os pés nos ombros e as mãos no chão. Segundo Simone André em “Questões acerca do teatro infantil- História e prática”, para Piaget.
“A criança antes de pensar racionalmente, com a lógica dos adultos, busca explicações por meio da criação de mitos. Desta forma, o desenvolvimento cognitivo está relacionado diretamente à capacidade de criar símbolos. Consequentemente o jogo, a imitação, o sonho e a representação se fazem artifícios utilizados. Por isto a narrativa fantástica, o mágico, e o lúdico encontram espaço no mundo infantil, a imaginação e se torna elemento de identificação para as crianças.”
Podemos dizer então que a criança é atraída para o mágico para o irreal e o boneco é parte deste tendo em vista que ele não se dispõe (ou pelo menos não deve) a ser um humano e sim a ser encantador quanto boneco que pode fazer tudo desde que tenha sido construído (ou adaptado) para tal.
Referencias bibliográficas.
BITT, Mário Piragibe,(1999) Relações entre a Animação de Formas e Aspectos Contemporâneos de Encenação no Teatro de Ilo Krugli. Consultado no website http://www.cbtij.org.br/arquivo_aberto/pesquisa.htm#rela. Em 20 de setembro de 2008.
ANDRÉ, Simone. Questões acerca do teatro infantil – História e prática. Consultado na website http://www.cbtij.org.br/arquivo_aberto/pesquisa.htm#infa em 20 de setembro de 2008.
COPFERMAN, Émile "Singuliére ethnie", Théâtre Public, sept. 1980, p.4; citado em: AMARAL, Ana Maria. Teatro de Formas Animadas (Texto & Arte; 2). São Paulo: Edusp, 1993. p.73.
BELTRAME, Valmor. 1° Revista Fenatib – teatro de bonecos também terá festival Consultado na website http://www.cbtij.org.br/arquivo_aberto/pesquisa.htm#infa em 20 de setembro de 2008.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Centro de Pesquisa Em Teatro De Animação
- Nascido da oficina de teatro de bonecos da escola de artes João Pernambuco, somos hoje um grupo que tenta desvendar os mistérios das formas animadas através de um trabalho intenso de confecção e manipulação.
- estreamos nosso primeiro espetáculo "eu sou Pequeno" onde trabalhamos com bonecos de vara e luva.
- Estamos agora investindo nosso tempo em pesquisas com teatro negro e manipulação direta de bonecos e objetos.
- Nossa linha de confecção permanece na oficina de teatro de bonecos da EMAJPE e encontra-se aberta a toda população todas as terças das 14h as 18h.
Assinar:
Postagens (Atom)